quinta-feira, 11 de maio de 2017

Mãe, mulher insubstituível


Honrada, magnífica e possuidora de uma força incomum aos nossos frágeis olhos. Às vezes é uma fortaleza de solidão entre casos cruéis que são obrigadas a suportar como: frustrações de abortos, abuso conjugal e traições que, na maioria dos casos, provoca a desilusão. No filme “A duquesa”  temos um exemplo da fortaleza da Mulher Georgiana, que casou-se com o duque com o único objetivo de lhe dar um herdeiro. Depois de vários abortos e duas tentativas frustradas, teve duas meninas, mas que não foram amadas pelo duque, seu cachorro de estimação era mais amado. Ela percebe que seu casamento não é um conto de fadas, especialmente quando ele começa a passar as noites no quarto de sua melhor amiga, Bess Foster, a quem ela deu abrigo por ter sido abusada pelo marido. É uma crônica de infelicidade conjugal que facilmente traça paralelos com uma vida infeliz. Sofrimento e infelicidade matrimonial parecem embutidos no DNA da realeza britânica e estão presentes no drama de época.  Contudo, a Mãe Georgina, consegue força ao erguer e administrar o lar e ainda se envolve com política. Talvez para provocar o marido ou compensar sua solidão, mas não se rende e fala por si mesma. Faz campanha para o partido Whig, ajudando a eleger um primeiro ministro e apóia a revolução americana e francesa. O filme insiste em mostrar o quanto ela foi importante para as mães e mulheres da sua época, mesmo ao custo de muito sofrimento.

Raros são os exemplos em que na partida de uma mãe, seja por separação ou desencarne o lar não perca a sua estrutura. Como no grandioso seriado "Bonanza", em que as mães se foram, mas os homens mantiveram a unidade familiar.

É curioso perceber que no mundo da fantasia da Walt Disney a mãe não está presente. Seus personagens de quadrinhos geralmente têm apenas tios. Curiosidades da cultura de massa? 

Ao contrário da Walt Disney, os filmes da área da psicologia são densos, principalmente quando relacionam as temáticas da Psicose, aonde e quase sempre mães são citadas em diversos contextos de vida e/ou superação, provocando em nós alguns incômodos. Como é o exemplo do filme "As Faces de Helen


Quando estão envolvidas em filmes de comédia nos oferta fartura de risos. Sua simplicidade e sabedoria são especifica e especial. Age instintivamente e sua orientação, na maioria das vezes, parte da bússola do coração. Como podemos conferir no filme "Perfeita é a mãe " .

Uma mãe para defender o filho vira uma leoa e vara noites acalentando dores do corpo físico sem reclamar. Não à toa a sociedade a respeita com veneração. Embora seja lamentavelmente lembrada quando falha um filho. A sociedade machista sempre atribuiu o sucesso filial ao pai, isso é inegável, embora triste. E assim o profano e o sagrado convivem culturalmente sob o olhar social.

O respeito pela mãe é a clareza de um valor universal do que uma criança pode torna-se no futuro. Mal sabe a sociedade o quanto deve, em carinho, amor, atenção e zelo à mãe negra do período colonial do nosso país e às nossas ancestrais contadoras de histórias em suas rondas nos engenhos, que acalentavam com suavidade insubstituível, diversos ouvidos enquanto varava a madrugada.

Por falar em amor temos um exemplo comovente na Literatura infantil- a mãe do Patinho Feio. O amor de mãe é tão sublime que só atende a um imperativo: amar intransigentemente. Ela é o maior marco divisório na hombridade e na honra de qualquer filho. Ninguém aceita que o nome da mãe seja tocado. Prova disso é que em várias circunstâncias da vida a forma de ofender alguém, extravasar a raiva ou satisfazer necessidades coletivas é lamentavelmente falar mal da mãe alheia.

Aprendemos que mãe nunca é profana, é sempre pura ou santa, e embora a sua idealização seja universal, não podemos fechar os olhos aquelas que espancam seus filhos, ou abandonam em lixões, rodoviárias, etc; embora não devemos julgar a dor que não conhecemos ou suas razões. Determinados atos é difícil compreender, mas não nos cabe validar. Até porque a sociedade também é implacável com quem assassina a própria mãe. Existem mães que são abandonadas em asilo, assim como há mães com o coração despedaçado por presenciar filhos que provocam a própria morte, e isso independe da dimensão do autoflagelo. Será que existe dor maior do que uma mãe vê o fruto do seu ventre morrer numa brusca insensatez?

Para o capitalismo, o dia das mães, é mais uma data comercial em que a cabeça publicitária “moderniza” o amor materno colocando mulheres pedindo celulares, carros, sapatos, etc; enquanto a Mãe continua sendo uma Mulher Insubstituível que fica feliz com um beijo, abraço, um olhar safado e/ou pidão e uma palavra amorosa, mesmo que a força da grana o queira mercantilizar. Amor de mãe é anestésico que conforta a alma. A consciência dos filhos é como cavalo alado (dotados de asas e seres imaginários), mas vão evoluindo ao longo do seu próprio ritmo e estilo, muitas das vezes em lentidão, porém, passam por um espiral que abre as cortinas de um picadeiro chamado vida.

A humanidade, por mais moderna que tente se tornar precisa tanto dela que, a mãe de Jesus é representada através de várias gerações como um bálsamo de luz que cura a alma dos filhos aflitos em qualquer dimensão. E por falar em bálsamo de luz  o filme "As Mães de Chico Xavier" representa bem essa dimensão.

Todos os dias são nossos!

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