segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

E agora José? Foi Aprovado o “Novo Ensino Médio”

Indagação de Freire se estivesse vivo, penso que seria:
 Como? Profissional com "Notório Saber?"

(Proposta temática ganhadora)

"E agora José?"(Drummond)

*Atividade colaborativa invertida

O Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº 13.005/2014, como sabemos, é um instrumento de planejamento do nosso Estado democrático de direito que orienta a execução e o aprimoramento de políticas públicas do setor. Conforme documento legalmente definido: 


"Ao ser sancionada, sem vetos, a Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014, fez entrar em vigor o Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2024 – o segundo PNE aprovado por lei.Na redação dada pelo constituinte, o art. 214 da Carta Magna previu a implantação legal do Plano Nacional de Educação. Ao alterar tal artigo, contudo, a Emenda Constitucional (EC) nº 59/2009 melhor qualificou o papel do PNE, ao estabelecer sua duração como decenal – no texto anterior, o plano era plurianual – e aperfeiçoar seu objetivo: articular o sistema nacional de educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos, metas e estratégias de implementação para assegurar a manutenção e desenvolvimento do ensino, em seus diversos níveis, etapas e modalidades, por meio de ações integradas das diferentes esferas federativas. Essas são as ações que deverão conduzir aos propósitos expressos nos incisos do art. 214 da Constituição, quais sejam:
  • Erradicação do analfabetismo;
  • Universalização do atendimento escolar;
  • Melhoria da qualidade do ensino;  
  • Formação para o trabalho;
  • Promoção humanística, científica e tecnológica do país; e
  • Estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do produto interno bruto”.  

Referência:(Plano Nacional de Educação (PNE) e dá outras providências. Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2014. 86 p. [Série legislação; n. 125]).


Indagações - Alun@s do curso de Pedagogia

Primeira indagação da turma de Pedagogia: Como estão postas essas ações  integradas no PNE/2014-2024 para ter sido aprovado o  “Novo Ensino Médio”? 

Conclusão colaborativa(G-A)- "O "desgoverno"(linguagem da rede Facebook) utilizou o poder ilegítimo e conseguiu manobrar, desvalorizar e vincular reformas arcaicas, antidemocráticas, impostas e de interesses próprios. Temos como realidade pouco e vergonhoso recurso para educação e muito para os banqueiros".

Segunda indagação:  Que consequência essa decisão trará a nossa vida profissional? 

Conclusão colaborativa(G-B)- Somos afetados em duas dimensões: a primeira é no currículo, pois como profissionais estamos totalmente envolvidos; e a segunda dimensão são as decisões do desgoverno que aprova as leis sem compreender absolutamente nada sobre educação. É um monte de criatura no congresso que não faz e tão pouco entende de educação. E nós pagamos diariamente!

Intervenção docente: na dimensão e prática pedagógica o conhecimento e a educação não residem apenas no meio institucional escola, mas também entre outros âmbitos da prática pedagógica, como: ONGS, Clínicas, Hospitais, Comunidades, Projetos diversos, etc.  Esses exemplos, compreendo que têm uma ação educativa através do currículo ocultoAquele necessário à subárea de conhecimentos das relações de aprendizagem dos aprendizes que precisam ser compreendidos, não apenas pela cognição, mas também por considerar a dimensão de aprendizagem social e cultural em suas competências e habilidades. Contudo, não deixando de  estar vinculado ao processo de aprendizagem como um todo. Considerando essa dimensão, como os grupos analisam o funcionamento do currículo institucional?

Conclusão colaborativa (G- C)- uma manobra obrigatória engessada.

Conclusão colaborativa (G- D)- O mais agravante no currículo são os modelos que replicam igualmente ao século passado. Para nós está claro e, tristemente já foi aprovado que o “Novo Ensino Médio” perpetuará um modelo imposto.  Não somos nós que decidimos, se quer fomos avisados.

Conclusão colaborativa (G- E)- O funcionamento do currículo nas instituições está nas duas afirmativas dos grupos C e D  e ainda nos "mata" em duas condição: a primeira é que o currículo será sempre um modelo alicerçado no tradicional- Conteúdo, conteúdo e mais conteúdo. Aprender? Não. Decorar! Não precisa ser crítico. Basta ler, decorar, responder uma avaliação e pronto!

Conclusão colaborativa (G- F)- O grupo concorda com todos, mas tem algo a mais que ainda não foi falado, nem aqui na sala de aula, nem nos grupos on-line que estamos. Já viram como o governo ilegítimo propaga, e tem maior apoio da mídia, as vantagens desse bendito "Novo Ensino Médio"? Acessem as redes e analisem as discussões nos sites, twitter, facebook e tirem suas conclusões, mas, por favor, não assistam a  Rede Globo! Que modelo real de “Novo Ensino Médio” teremos?

Resumo da atividade colaborativa invertida:

Tendência capitalista-liberal concorrencial e elitista-conservadora que imprime um projeto de modernização. No estado ficará a desregulamentação e privatização; desqualificação dos serviços e das políticas públicas e fortalecimento da iniciativa privada com ênfase na competitividade de serviços e produtos. 

Quem serão os “produtos robotizados”?

Resposta lógica = "Jovens preparados" por profissionais de "Notório Saber"
(pesquisa  em grupos- sala de aula presencial- laboratório de informática)

Que conclusões chegamos após pesquisas e leituras em redes?

Como o governo ilegítimo propaga o modelo de currículo do “Novo Ensino Médio”?

Projeto de modernização em que o papel do estado será de bem-estar social- interventor, regulador, organizador e planejador da economia, provedor do pleno emprego e do crescimento da educação e saúde. 

Na democracia? O ideal da democracia direta discutido por Rousseau: governo do povo, pelo povo e por intermédio de um povo; democracia político-social.  Tudo isso é no discurso. Tudo Golpe!

Intervenção docente- Vamos refletir! 

Se os currículos precisam ser redimensionados, agregando temáticas relativas a questões de classe social, etnia, gênero, gerações e outras, alicerçados nos princípios da cidadania e da democracia. Onde ficou essa dimensão na proposta atual da aprovação do “Novo Ensino Médio”? 

PS: Por favor, se descobrirem onde está escrito na proposta eu agradeço o compartilhamento ou indicação.

A dúvida quanto ao currículo no “novo ensino médio” permanece. 

Como dimensionar e agregar todas essas questões se a democratização do acesso e a não-ampliação dos recursos para o ensino obrigatório das disciplinas foram aniquilados? Como pensar uma construção ou reconstrução de escola pública pensando a questão curricular alicerçado ao PPP, se na verdade tornou-se insignificantes quanto a qualidade de ensino e, agora, precário para a população mais necessitada?

Recentemente fiz um “check up pedagógico” em meus arquivos de trabalhos desenvolvidos com discentes do ensino médio, nas disciplinas pedagógicas filosofia, artes e sociologia; e não posso negar o meu sentimento de indignação com essa aprovação. Porque sabemos que o currículo propagado pelo governo é mais um "golpe"(concordo com vocês) a nos atingir grosseiramente. 

Relação da colaboração
Jovens Aprendizes do "Notório Saber"
(Busca Google do Grupo E e F)
Teremos um modelo de formação para os jovens, cuja meta será cumprida por profissionais com “notário saber”. 

Seria entregas de titulações de proletariados e zumbis? 

Sim. Também concordo com as buscas e conclusões de vocês quando dizem: " professora, esses jovens estarão sendo preparados para a forca".

Quando teremos a oportunidade de contribuir lapidando, esculpindo, jovens cidadãos que se tornarão futuros adultos ? Como intervir num esquema torturante de escravidão neurológica? A pior prisão é a hemisférica, penso. 

Como citou Edgar Morin[1] em seu livro "Os Sete Saberes Necessários a Educação do Futuro" em torno do terceiro saber: "Ensinar a Condição Humana", citando Werne Heisenberg:

[...] Precisamos ensinar nas escolas a ideia da incerteza. Nossos alunos precisam perceber essa fragmentação para avançar suas concepções. O conhecimento científico nunca deve ser um produtor absoluto de certezas, ele deve ser crivado pela ideia da incerteza. A incerteza seria o que comandaria a voz do saber, o avanço da cultura (sem certezas), seria incorporar essa ideia nos ensinos de Geografia, História, Filosofia, Línguas, Química, Física, Matemática. Perceber que tudo que foi criado pelo homem é crivado pela ideia da incerteza [...](MORIN,2004 apud WERNE ,1927). 

Portanto, cabe refletirmos...

Considerações sobre o livro "Os Sete Saberes Necessários a Educação do Futuro" no link: http://josivaniafreitas.blogspot.com.br/2013/07/os-sete-saberes-necessarios-educacao-do.html



Discussão da sala de aula presencial para o virtual pelos grupos
( A, B, C, D,E,F)

"E quanto às decisões do governo ilegítimo que nos afetam direta e indiretamente?"

"No país em que a sigla “STF” é transformada em forma de chacota para “Sugestivo Tribunal Federal”; ou seja, se der deu, se colar colou e se rolar rolou. O Brasil conseguiu ser o único país em que o tribunal não decide, apenas sugestiona. Na fase mais irônica do que podemos supor vou parafrasear o ator Fábio Porchat sobre as decisões atuais do STF":

[...] "Gente desculpa, se não for pedir muito e se der, a gente acha que não, mas se não der, tudo bem, e se for, a gente não quis atrapalhar" [...].

"No Brasil, bandido bom é aquele que vive engravatado no poder e merece todo o respeito do STF. Nossa situação é tão séria que os bandidos engravatados estão agradecendo a compreensão e determinando a estadia nos poderes.  Até quando? "

"Uma situação dessas já nos diz muito do passo horrendo e desastroso que estamos inseridos, graças aos nossos governantes corruptos.Quem se atreverá ir contra aos grupos de corruptos engravatados, senão nós que lutamos por melhoria na educação? Como o professor poderá criar formas e até cenários de aprendizagem se as comunicações estão a favor de um sistema corrompido em todas as esferas?" 

Intervenção-Contextualizando a dimensão do currículo e das decisões.

Estamos vinculados num cenário antidemocrático onde nem os modelos aprovados sejam dos PNEs da vida, entre outros, parece-nos que não terão respaldos. Só perpetuarão as conivências, pois temos um governo que além de golpista consegue estar dessincronizado com o digital. 

Nos resta a pensar e indagar se a “Pedagogia Libertadora”, a inimiga da “Pedagogia Bancária”, tão bem conduzida por Paulo Freire, em toda à sua luta por uma educação de qualidade, onde nos convida a sermos transformadores autônomos, agora ficará na inércia; ou no conformismo daqueles que acreditam na máscara imposta e propagada do “NOVO Ensino Médio”?

Como pensar numa perspectiva de avanços com esse “novo ensino médio” se a perspectiva crítica, a organização política, ideológica e cultural em que indivíduos e grupos de diferentes interesses, preferências, crenças, valores e percepções da realidade que mobilizam poderes e elaboram processos de negociação, pactos e enfrentamentos estão sendo recolocadas, conforme aprendemos historicamente, no modelo da tradição greco-romana. 

Vivemos um período doentio de desvalorização da formação profissional. Em que a pauta principal é o famoso "notório saber" (marca registrada da aprovação). Como não se inquietar com o percurso de aprendizagem dos jovens da geração atual?

O “notório saber”, divulgado como primordial na nova proposta nos reporta a ideia antepassada da "nova" classe, a burguesia, que contratava “professores leigos” nomeados pelo Estado, cujo objetivo era ensinar coisas práticas da vida, isto é, para os interesses da nova classe que emergia. 

O que podemos supor é que a Escola atende historicamente os interesses de quem a controla. Ou será que estamos enlouquecendo com tantas teorias acadêmicas?

Considerações finais

Nesse terreno corrompido parece-me que nos resta ocupar os movimentos diversos, reestruturar e afrontar os desafios impostos antidemocraticamente, estruturar novos desafios[relacionar o que priorizamos no processo], buscar e potencializar contribuições para visibilidade nas diversas possibilidades digitais midiáticas e transmidiáticas [nosso fortalecimento continua sendo as possibilidades do digital]; fortificando e estruturando as dimensões que pretendemos alicerçar na prática, visando encontrar, definir metas e formas estratégicas de nos libertar.

Como afirmava Frederich Engels: “A liberdade é necessidade reconhecida”.



Referências

[1] Edgar Morin, pseudônimo de Edgar Nahoum, é um antropólogo, sociólogo e filósofo francês judeu de origem sefardita. Pesquisador emérito do CNRS. Formado em Direito, História e Geografia, realizou estudos em Filosofia, Sociologia e Epistemologia.

Webgrafia 
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=imagens+da+escravidao
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