segunda-feira, 4 de maio de 2015

Crônica: "O amor de Tumitinha era pouco e se acabou"

Lendo  as Crônicas de Mario Prata(1997), visando planejar as aulas atividades da semana, me deparei com este trecho de uma crônica, que é impossível não lembrar de mim. O autor não me conhece, mas escreveu muito de minha história. Com exceção da reação do sujeito no último parágrafo,em que é relatado o quanto sofreu, ao contrário dela eu rir que chorei  de minha inocente compreensão e, até  contava as amigas mais próximas.  Tanto é que eu jurava que tinha sido uma quebra de sigilo de Irani Elias, com apoio total de Adelson; que sempre riram dos meus micos.

A crônica é contada da seguinte forma: 

" Você também deve ter alguma palavra que aprendeu na infância, achava que tinha um certo significado e aquilo ficou impregnado na sua cabeça para sempre. Só anos depois veio a descobrir que a palavra não era bem aquela e nem significava aquilo. Um exemplo clássico é a frase [...] HOJE É DOMINGO, PÉ DE CACHIMBO. Na verdade não é PÉ DE CACHIMBO, mas sim PEDE(do verbo pedir) CACHIMBO. Ou seja, PEDE paz, tranquilidade, moleza [...]. E a gente sempre a imaginar um pé de cachimbo no quintal, todo florido, com cachimbos pendurados, soltando fumaça. E, assim, existem várias palavras. Por exemplo:[...]
 TUMITINHA- todo mundo conhece a música "Ciranda, Cirandinha". Uma amiga minha me confessou que, durante anos e anos, entendia um verso completamente diferente. Quando a letra fala "O AMOR QUE TU ME TINHAS ERA POUCO E SE ACABOU", ela achava que era "O AMOR DE TUMITINHA ERA POUCO E SE ACABOU".Tumitinha era um menino, coitado. Ficava com dó do Tumitinha toda vez que cantava a música, porque o amor dele tinha se acabado. E mais, achava que o Tumitinha era japonesinho. Devia se chamar, na verdade, Tumita. Quando ela descobriu que Tumitinha não existia, sofreu muito. "

Não tem como não lembrar, Ayanna teve meu mesmo registro da infância; chegou a desenhar o TUMITINHA com o AMOR que perdeu [kkkkkkkkkkkkkk]