quarta-feira, 27 de junho de 2012

Curso de design de animação para AVA gera calorosa discussão pedagógica -Qual foi o motivo?


Fiz o curso de design de animação para Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) no Instituto Brasileiro de Design Instrucional(IBDIN). O curso é composto de 8 módulos a distância cuja Programação foi realizada da seguinte forma: Módulo 1 - Introdução ao flash, Módulo 2 - Introdução a animação no flash, Módulo 3 - Guia de Movimento, Máscara e Painel Action, Módulo 4 - Design do Personagem ou Avatar I, Módulo 5 - Design de Personagem ou Avatar II , Módulo 6 - Movimentação de Corpo, Módulo 7 - Ferramentas de Texto, Módulo 8 - Introdução da Animação no Ambiente Virtual de Aprendizagem. O curso segue conforme marketing do site. Excelente! Adorei, embora tenha duvidado de minha mera/pouca ou quem sabe, minima capacidade. Pensei no primeiro módulo em desistir diante de tanta técnica, afinal dizem por aí que pedagogo não chega a tanto, não apresentamos tamanha capacidade. Nossa formação nos ajudou a cuidar de crianças e por isso mantemos alguns discursos repetitivos na educação e que ninguém aguenta nos escutar.(Nessa afirmativa corriqueira já analiso: Isso sim é um discurso repetitivo de “Maria vai com as outras”, cadê o “aporte teórico”? Tem fundamento? )

Considerando as diversidades de profissionais matriculados e de áreas completamente diferentes, onde de pedagoga e atuante na educação só tinha Euzinha, decidir relatar uma discussão muito legal e que pendura há um bom tempo na educação, mas que compreendo como equívocos de mal informados.
Bom, nesse meu percurso entre um curso e outro tentando aperfeiçoar a prática docente tenho escutado colegas relatar em discussões acadêmicas que alguns profissionais de áreas muito específicas e técnicas, dizem que "O pedagogo tem discurso fácil", entre outros.  Ainda no curso me deparei e mantive contato não só na plataforma do curso como em redes com profissionais que discursava o respeito às áreas e admitiram:  "técnico é técnico precisamos estudar muito para adquirir a competência pedagógica de um pedagogo"(Fala de um pós-doutor da área técnica/webdesing), outro profissional de projetos de treinamento coorporativo expressou: “O pedagogo tem especificidades únicas, antes de julgar é preciso fazer o curso para saber”. E no final me fez a pergunta: São quantos anos mesmo, Josivania Freitas? Bem, sou uma mera e simples aluna(eterna aprendiz) que acompanhou esse discurso na plataforma e fiquei admirada(por que não dizer, emocionada) com a humildade de mestres, doutores(matriculados no curso), pós-doutores(mediadores técnicos) e que inclusive, propôs juntar as “competências e habilidades” de cada área, mostrando que "cada um deve ocupar o seu lugar".

No desenrolar da discussão fiquei refletindo sobre como esse discurso é  conhecido e o que nos deparamos na prática? Percebemos o apontar e atirar pedras sob as contribuições, em especial e lógico, do pedagogo. Se é para crucificar, ele é a pessoa ideal. Tudo que ele fala quando não é simples demais é fácil e todos podem ser e assumir seu papel. Muitos, dos que apontam e juram que tem competência suficiente para tal,  são profissionais “tão prontos” e porque não dizer donos da verdade. Eles esquecem que críticas inadequadas podem inibir ou desestimular a ação do outro;Ah! mas não é função de quem julga observar esses detalhes, não é mesmo?(Alguém pensou nisso?) Aff! Já ia esquecendo: Isso é coisa de pedagogo, eles falam demais, perguntam, questionam tanto que enjoam. Mas, enfim só ele será capaz de ter a sensibilidade de analisar o que fez o outro “travar”. Isso é fato!

As discussões no curso só confirmou que ainda não falamos muito, mas o que falamos sempre vai incomodar os intolerantes que dizem estar "abertos para aprender com nossos questionamentos". O falar do pedagogo não fica apenas no discurso ele também se efetiva na prática. Esse ainda é o problema e o incômodo, analiso.

Fica para refletir: Se o discurso do Pedagogo é tão fácil, simples, simplório, porque permanecemos 4 anos numa universidade e em muitos casos até nos especializamos? Seria para refletir contos de fadas? Penso que o que falta em muitos profissionais é sair do famoso mito da caverna como dizia Platão na antiga Grécia.

Não sei se vão apreciar a dica, mas não poderia deixar de indicar. 

Afinal de contas foi Libâneo(Pedagogo) que nos perguntou: Pedagogia e Pedagogo para quê?